A Venezuela denunciou que um navio de guerra dos Estados Unidos atacou e ocupou, de forma “ilegal e hostil”, uma embarcação pesqueira em águas de sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE). O incidente teria ocorrido na sexta-feira (12), a 48 milhas náuticas da Ilha La Blanquilla, no Caribe. O governo do presidente Nicolás Maduro afirmou que o barco Carmen Rosa, com nove pescadores a bordo, foi abordado por 18 militares fortemente armados do destróier USS Jason Dunham, que teriam impedido a comunicação e o trabalho da tripulação por oito horas.
Em comunicado oficial, o governo venezuelano classificou o episódio como uma “operação que carece de toda proporcionalidade estratégica” e uma “provocação direta através do uso ilegal de exagerados meios militares”. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, acusou Washington de tentar criar um incidente que justifique um conflito no Caribe, comparando a situação às guerras eternas do passado, como a do Vietnã. A Venezuela exigiu que os EUA cessem as manobras e reafirmou seu compromisso em defender sua soberania.
Enquanto isso, o governo de Maduro se prepara para defender a soberania nacional, com mais de 8,2 milhões de milicianos alistados. O ministro para Assuntos Internos, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, alertou que qualquer tentativa de ataque à Venezuela resultará em uma guerra prolongada. Além disso, os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 50 milhões de dólares pela captura de Maduro, acusado de liderar um cartel de drogas que atua no território americano.