O preço do ouro alcançou quase US$ 3.700 na última sexta-feira, 12 de setembro, marcando um pico histórico em meio a tensões geopolíticas globais. Nos últimos três anos, o valor do metal precioso mais que dobrou, impulsionado pela crescente demanda de bancos centrais e investidores em busca de proteção contra incertezas econômicas. Especialistas apontam que a valorização do ouro reflete não apenas a desvalorização do dólar, mas também a instabilidade política, especialmente após os conflitos na Ucrânia.
A alta no preço do ouro está ligada à compra crescente por bancos centrais, que buscam diversificar suas reservas internacionais em um cenário de incerteza econômica e inflação. O economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, destaca que fatores como a deterioração das contas públicas nos EUA e a instabilidade geopolítica têm contribuído para essa demanda. A procura pelo metal precioso aumentou desde 2022, quando as tensões entre Rússia e Ucrânia se intensificaram, levando investidores a buscar ativos mais seguros.
As implicações dessa valorização são significativas, pois refletem uma mudança nas estratégias de investimento em um contexto global volátil. Economistas alertam que, embora o ouro esteja se tornando uma reserva alternativa, o dólar ainda mantém sua posição como moeda reserva global. No entanto, a crescente incerteza econômica e a expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve podem continuar a impulsionar o interesse pelo ouro como um ativo seguro.