As coffee parties, festas matinais que têm como protagonista o café, estão conquistando a geração Z no Brasil. Originárias dos Estados Unidos no início dos anos 2010, essas celebrações oferecem uma alternativa conservadora às raves tradicionais, que costumavam ser regadas a álcool e outras substâncias. Com a batida da música eletrônica ao fundo, jovens se reúnem para dançar e socializar, refletindo uma mudança nos hábitos de consumo e uma busca por experiências mais saudáveis.
O fenômeno das coffee parties surge em um contexto onde os jovens estão se afastando dos excessos associados ao álcool. Dados recentes indicam que a porcentagem de jovens brasileiros que consomem bebidas alcoólicas com frequência caiu de 10,7% para 8,1% desde 2020. Essa mudança é acompanhada por um crescente interesse pela cultura do café, especialmente entre aqueles com idades entre 16 e 25 anos, que agora preferem a cafeína como estimulante nas festas.
Além de promover a socialização, as coffee parties também se diversificam em formatos e estilos, atraindo diferentes públicos. Cafeterias como a Mocca em Belo Horizonte e a Keopi em Fortaleza estão na vanguarda desse movimento, organizando eventos que vão desde festas animadas até encontros mais tranquilos com sessões de ioga. Com a adesão de marcas e empresas, as coffee parties se estabelecem como uma nova forma de entretenimento que prioriza a moderação e a conexão social.