Eli Lilly e Novo Nordisk estão se preparando para uma nova fase em sua concorrência no setor de medicamentos para perda de peso, com o lançamento previsto de comprimidos orais até 2026 nos Estados Unidos, aguardando aprovação regulatória. Ambos os laboratórios esperam que esses medicamentos orais aumentem o acesso aos tratamentos GLP-1, conhecidos atualmente por suas versões injetáveis. No entanto, a eficácia dos comprimidos da Lilly foi questionada após resultados de ensaios clínicos que mostraram uma redução de peso inferior à esperada, levantando incertezas sobre a aceitação do público.
O diretor científico da Lilly, Dan Skovronsky, destacou que um estudo comparativo entre os comprimidos da Lilly e da Novo Nordisk está em andamento, visando avaliar não apenas a perda de peso, mas também a redução dos níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabetes tipo 2. Enquanto isso, Martin Holst Lange, da Novo Nordisk, defende que os dados atuais favorecem seu produto. O comprimido da Novo é uma versão oral do Wegovy, enquanto o da Lilly é o orforglipron, que promete ser mais fácil de fabricar e não exige restrições alimentares.
Analistas projetam que os medicamentos orais poderão representar cerca de 20% do mercado global de US$ 80 bilhões para tratamentos de obesidade até 2030. Skovronsky acredita que os comprimidos podem se tornar a principal forma de tratamento, superando as injeções em popularidade. Contudo, a aceitação do público dependerá da eficácia percebida e da conveniência oferecida por cada opção, o que poderá moldar o futuro do mercado nos próximos anos.