O contencioso trabalhista, tradicionalmente encarado como um ônus inevitável, evolui para um ativo estratégico nas empresas brasileiras. A integração entre as áreas jurídica, de controladoria e auditoria permite que as organizações administrem suas contingências de forma mais eficaz, refletindo um novo padrão de maturidade empresarial. Em um cenário onde investidores e órgãos reguladores exigem maior previsibilidade e transparência, essa abordagem se torna crucial para a governança corporativa.
Com a implementação do CPC 25 e do IAS 37 (IFRS), as empresas são desafiadas a não apenas contabilizar, mas também qualificar e ajustar provisões de maneira consistente. Essa mudança cultural exige que as companhias analisem suas carteiras trabalhistas com um olhar crítico, utilizando dados históricos para fundamentar decisões estratégicas. Assim, o contencioso deixa de ser um mero retrato do passado e passa a guiar ações futuras, melhorando a liquidez e fortalecendo o EBITDA.
A conexão entre jurídico e contabilidade é vital, especialmente em carteiras trabalhistas volumosas, onde a classificação de risco inadequada pode inflar provisões e distorcer resultados financeiros. A integração dessas áreas não apenas atende às exigências regulatórias, mas também se torna um diferencial competitivo no mercado. Com uma comunicação clara entre jurídico interno, escritórios externos e auditorias, as empresas podem transmitir consistência e credibilidade em suas demonstrações financeiras, fortalecendo sua posição no mercado.