Marílio dos Santos, identificado como o mandante do assassinato da líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, continua foragido dois anos após o crime, que ocorreu em 17 de agosto de 2023, na sede do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Bahia. Ele é o único dos suspeitos ainda não preso, enquanto cinco outros foram capturados pela polícia, incluindo os executores do homicídio. A Justiça já decidiu que Marílio será submetido a júri popular, assim como outros envolvidos no caso.
O crime foi motivado pela oposição de Mãe Bernadete ao tráfico de drogas na região, conforme investigações da Polícia Civil. O grupo criminoso liderado por Marílio atua em Simões Filho e São Sebastião do Passé. A defesa da família de Mãe Bernadete aguarda a localização do foragido e acredita na possibilidade de haver outros mandantes por trás do assassinato.
A situação levanta preocupações sobre a segurança da comunidade quilombola e a eficácia das medidas de proteção implementadas após o crime. Mãe Bernadete, que assumiu a liderança após a morte de seu filho Binho, também havia relatado ameaças à ministra Rosa Weber um mês antes de sua execução. O caso continua a ser acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade civil, que clamam por justiça.