O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, realizado em 13 de setembro de 2025, destacou a divergência entre os estilos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Luiz Fux adotou uma abordagem acadêmica, citando ao menos 27 autores para embasar seu voto, enquanto Alexandre de Moraes se mostrou incisivo, repetindo o termo ‘organização criminosa’ mais de cem vezes. Os votos mais sucintos de Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que recorreu à poesia, contrastaram com as retóricas dos colegas, refletindo as tensões políticas e jurídicas no Brasil. As diferentes abordagens utilizadas pelos ministros não apenas evidenciam a complexidade do caso, mas também têm implicações significativas para o futuro da democracia no país.