A Polícia Federal (PF) solicitou a prisão preventiva de Nelson Wilians, sócio-fundador de um dos maiores escritórios de advocacia de Brasília, devido a transferências suspeitas de R$ 28 milhões a um empresário investigado por fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na quinta-feira, 11 de setembro de 2025, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de prisão do advogado, mas autorizou buscas em seus endereços e a prisão cautelar do empresário Maurício Camisotti, apontado como líder do esquema, e do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes.
As investigações indicam irregularidades nos valores coletados pela AMBEC (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos) na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. O fluxo financeiro do esquema se entrelaça com a influência de Camisotti, que é presidente da associação e tem laços familiares com os envolvidos. A PF encontrou obras de arte e relógios de luxo na residência de Wilians, levantando suspeitas sobre sua relação com o empresário.
Embora a defesa de Wilians afirme que sua relação com Camisotti é estritamente profissional, as investigações continuam a revelar um esquema complexo que pode ter repercussões significativas para todos os envolvidos. A defesa de Camisotti também contestou sua prisão, prometendo tomar medidas legais para garantir seus direitos. O desdobramento desse caso poderá impactar a credibilidade das instituições envolvidas e a percepção pública sobre a corrupção no setor público.