Na manhã deste sábado (13), militantes e ativistas solidários à causa palestina se reuniram na Praça do Derby, no centro do Recife, para uma manifestação pedindo o fim do bloqueio militar e econômico imposto pelo Estado de Israel à Palestina. Com concentração marcada para as 9 horas, os participantes realizaram uma caminhada de um quilômetro até o Consulado Geral dos Estados Unidos, no bairro da Boa Vista. A assistente social e professora Soraia de Carvalho, integrante do Comitê de Solidariedade à Palestina em Pernambuco, destacou que o protesto visa chamar a atenção para os interesses econômicos que motivam a situação em Gaza.
O ato, intitulado Marcha Global para romper o cerco a Gaza, pede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que rompa definitivamente as relações com Israel e interrompa o fornecimento de petróleo brasileiro ao país. Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) revelam que as vendas de petróleo do Brasil para Israel cresceram em 2024, mas zeraram em 2025 após críticas públicas de Lula ao genocídio em Gaza. As tensões entre os dois países aumentaram, especialmente após Netanyahu declarar Lula persona non grata em Israel.
Além do Recife, manifestações semelhantes estão programadas em várias cidades brasileiras, incluindo Natal, Brasília e São Paulo. O apoio à Flotilha Global Sumud, que tenta levar ajuda humanitária à Palestina, também foi um tema central do protesto. A mobilização reflete um crescente engajamento da sociedade civil brasileira em questões internacionais e a busca por uma posição mais firme do governo em relação ao conflito israelo-palestino.