Um juiz federal decidiu na sexta-feira que agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) podem continuar realizando prisões em tribunais de Nova York, encerrando um desafio legal apresentado pela ACLU e grupos de direitos dos imigrantes. O juiz do distrito P. Kevin Castel, indicado por George W. Bush, concluiu que não havia evidências suficientes para afirmar que as mudanças na política de prisões do ICE eram “inexplicáveis, arbitrárias e caprichosas”, conforme a orientação de 2021 permitia prisões em ou perto dos tribunais de imigração.
O juiz também observou que as mudanças foram motivadas pela indisponibilidade de instalações correcionais locais, consideradas “seguras” devido a triagens de segurança, devido a políticas estaduais e locais sobre detentores de imigração. Apesar disso, Castel bloqueou uma política do Departamento de Justiça que incentivava juízes de imigração a arquivar casos para que o ICE pudesse prender imigrantes imediatamente após as audiências. A administração Trump lançou uma iniciativa em junho para prender imigrantes ilegais após as audiências de asilo, gerando controvérsia entre críticos que afirmam que isso desencorajaria a presença dos migrantes nas audiências.
As repercussões dessa decisão são significativas, pois muitos imigrantes agora enfrentam o dilema de comparecer ao tribunal e arriscar a prisão ou evitar o sistema judicial e enfrentar consequências legais mais severas. Diana Konaté, diretora executiva adjunta da African Communities Together, expressou preocupações sobre o clima de medo gerado pela administração Trump, que visa desestimular os imigrantes a utilizarem os recursos disponíveis para sua proteção. A luta legal continua, com grupos defendendo os direitos dos imigrantes buscando justiça em meio a essas políticas controversas.