Na quinta-feira (12), o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu, por 4 votos a 1, condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por organização criminosa. A condenação se deu em razão de sua liderança em uma conspiração para anular as eleições de 2022 e desestabilizar a democracia brasileira. O editorial do The Guardian classificou o veredicto como um marco para a democracia, ressaltando que a luta pela responsabilização de líderes que ameaçam as normas democráticas ainda não terminou.
O The New York Times também comentou sobre a condenação, observando que o Brasil teve sucesso onde os Estados Unidos falharam ao responsabilizar um ex-presidente por tentativas de subverter o sistema democrático. A decisão do STF não apenas marca um ponto crucial na história política do Brasil, mas também envia uma mensagem clara ao mundo sobre a importância da responsabilização em democracias. A condenação de Bolsonaro, o primeiro ex-presidente brasileiro a enfrentar tal penalidade, destaca a fragilidade das democracias contemporâneas.
As implicações dessa condenação podem ser significativas, especialmente nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A Casa Branca já expressou descontentamento com a decisão e impôs sanções econômicas, o que pode exacerbar as tensões bilaterais. Além disso, a defesa de Bolsonaro anunciou que irá recorrer da decisão, o que pode prolongar a batalha legal e política em torno do ex-presidente, refletindo um cenário de polarização que persiste no país.