Na quinta-feira (11), a Câmara Legislativa do Distrito Federal foi palco de uma audiência pública que defendeu a anistia para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O deputado Thiago Manzoni (PL-DF) e seus aliados relativizaram os crimes cometidos, atacando o STF e alegando uma ‘tirania judicial’. Durante três horas, os participantes, incluindo defensores públicos e familiares de réus, tentaram transformar golpistas em vítimas, desafiando as decisões judiciais e propondo uma narrativa de perseguição política.
O evento ocorreu em meio ao julgamento histórico que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros por tentativa de golpe. Os discursos enfatizaram a defesa de valores religiosos enquanto minimizavam as ações dos envolvidos nos ataques ao Estado Democrático de Direito. A defensora pública Bianca Rosière chegou a afirmar que o Brasil vive ‘a maior crise judicial da história’, ignorando as evidências que comprovaram a trama golpista.
Thiago Manzoni encerrou a audiência convocando os conservadores a pressionarem o Congresso pela anistia aos condenados, evocando a defesa da ‘justiça’ para pedir o esquecimento dos crimes cometidos. As alegações de violações de direitos humanos contra os presos reforçaram a retórica dos participantes, que buscavam inverter papéis e transformar golpistas em vítimas, desafiando assim a legitimidade das decisões do STF.