Na sexta-feira, 12 de outubro, a Polícia Federal (PF) realizou a Operação Cambota em São Paulo, apreendendo uma coleção de obras de arte que podem pertencer a artistas renomados como Cândido Portinari e Emiliano Di Cavalcanti. As apreensões estão ligadas a uma investigação sobre a chamada “máfia do INSS”, que movimentou mais de R$ 6,3 bilhões em fraudes relacionadas a aposentadorias e pensões. Especialistas em arte indicam que as obras apreendidas podem ter um valor significativo, com algumas estimadas entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões.
A operação resultou na prisão do empresário Maurício Camisotti e do advogado Nelson Wilians, ambos acusados de envolvimento no esquema fraudulento. A PF acredita que os integrantes da máfia utilizavam parte dos recursos desviados para adquirir obras de arte, incluindo esculturas eróticas e quadros de grande valor. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos, onde também foram encontrados veículos e dinheiro em espécie.
As implicações dessa operação são profundas, revelando um amplo esquema de corrupção que afeta o sistema previdenciário brasileiro. A investigação continua, com a possibilidade de novas prisões e apreensões à medida que mais informações surgem. A defesa dos acusados afirma que eles estão colaborando com as autoridades, mas a gravidade das acusações levanta preocupações sobre a integridade do INSS e a necessidade de reformas no sistema para prevenir futuras fraudes.