Na sexta-feira, 12 de setembro de 2025, Sushila Karki foi nomeada como primeira-ministra interina do Nepal, após uma onda de protestos violentos que culminaram na renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli. O anúncio foi feito pelo porta-voz do presidente Ram Chandra Poudel, e Karki se tornará a primeira mulher a ocupar o cargo no país. Sua nomeação representa uma tentativa de apaziguar os jovens manifestantes que exigem medidas contra a corrupção enraizada no governo.
Os protestos, liderados principalmente pela geração Z, começaram após a imposição de restrições abruptas às redes sociais, levando a uma revolta generalizada. Apesar da rápida revogação da proibição, as manifestações se intensificaram, resultando em centenas de feridos e na morte de pelo menos 51 pessoas, segundo a polícia local. O Exército nepalês foi mobilizado em Katmandu para conter os tumultos, enquanto mais de 12.500 presos permanecem foragidos após fugirem de prisões em todo o país.
A crise política no Nepal reflete um descontentamento mais amplo entre os jovens, que enfrentam altos índices de desemprego e desigualdade. Termos como “nepo kids” têm sido usados nas redes sociais para criticar a elite privilegiada. O Nepal se junta a outros países da região do Sul da Ásia que também enfrentam agitações populares, como Bangladesh e Sri Lanka, onde protestos semelhantes levaram à queda de líderes políticos.