A recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação na tentativa de golpe de Estado em 2022 reacendeu a disputa em torno do projeto de anistia no Congresso Nacional. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e 3 meses, marcando um momento histórico, pois é a primeira vez que um ex-presidente brasileiro é condenado por esse crime. A oposição agora pressiona por um perdão amplo que beneficie não apenas Bolsonaro, mas também outros condenados, enquanto parlamentares do governo se opõem à ideia.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente, têm se mostrado relutantes em pautar o tema. Motta evita discutir a anistia, enquanto Alcolumbre defende uma versão mais restrita que exclui os principais envolvidos. A proposta de anistia, que inclui perdão a crimes cometidos durante o governo Bolsonaro, enfrenta resistência significativa no Congresso, apesar de receber apoio crescente de parlamentares do Centrão.
O governo Lula intensificou suas articulações para barrar a aprovação da anistia, com o presidente afirmando que trabalhará contra essa medida. Lula expressou preocupação com o risco de o Congresso aprovar uma proposta que poderia ameaçar a democracia brasileira. A situação permanece tensa, com a oposição buscando avançar com o projeto enquanto o governo luta para manter a integridade das instituições democráticas.