Os advogados de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno, manifestaram forte discordância em relação às penas fixadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 11. O ex-presidente foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por sua suposta liderança em uma trama golpista, sendo considerado culpado por cinco crimes, incluindo organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.
A defesa, que aguarda a publicação do acórdão para avaliar os recursos cabíveis, classificou as penas como “absurdamente excessivas e desproporcionais”. Os advogados afirmaram que respeitam a decisão, mas sustentam que Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático e não participou dos atos ocorridos em 8 de janeiro. Eles também criticaram o processo, alegando falta de tempo hábil para analisar as provas apresentadas.
As implicações dessa condenação são significativas, pois marcam um momento crítico na política brasileira e na relação entre o ex-presidente e o sistema judiciário. A defesa já sinalizou que pretende recorrer da decisão, inclusive em instâncias internacionais, o que pode prolongar o debate sobre a legalidade das ações do ex-presidente e suas consequências para a democracia no Brasil.