O número de trabalhadores afastados por questões de saúde mental cresceu 300% desde os níveis pré-pandemia, conforme revela uma análise da ComPsych, fornecedora de serviços de saúde comportamental. Entre 2019 e 2024, a taxa de licenças aumentou 30%, com um crescimento acentuado nas licenças relacionadas à saúde mental. A pandemia de Covid-19 catalisou discussões sobre saúde mental, reduzindo o estigma associado à busca de apoio e incentivando os funcionários a explorarem recursos disponíveis em seus locais de trabalho.
Apesar do aumento na conscientização, alguns relatórios indicam que o suporte à saúde mental no ambiente corporativo tem diminuído. O CEO da ComPsych, Paul Posey, observa que o aumento nas licenças se estabilizou, sinalizando um “novo normal” em que os trabalhadores interrompem suas carreiras com mais frequência. Em 2023, as licenças por saúde mental aumentaram 33% em relação ao ano anterior, mas permaneceram estáveis em 2024, refletindo uma necessidade urgente de as empresas abordarem as causas subjacentes desse fenômeno.
Os especialistas enfatizam a importância de programas adequados de saúde comportamental e cuidados preventivos para apoiar os funcionários. A análise sugere que aqueles que utilizam serviços de saúde mental oferecidos pelos empregadores retornam ao trabalho em média seis dias mais cedo do que os que não utilizam esses serviços. Com mais de 75% dos empregadores planejando oferecer recursos digitais para saúde mental até 2026, a gestão eficaz das tensões emocionais no trabalho se torna essencial para evitar afastamentos e promover um ambiente saudável.