Um estudo global publicado em 11 de setembro no PLOS Medicine revela que algoritmos de inteligência artificial (IA) falham em prever o risco de suicídio, classificando erroneamente muitos pacientes. A pesquisa, liderada por Matthew Spittal da Universidade de Melbourne, na Austrália, analisou mais de 35 milhões de prontuários médicos e concluiu que as IAs não superam métodos tradicionais de avaliação de risco. Embora os algoritmos apresentem alta especificidade para identificar pessoas que não tentarão suicídio, mais da metade dos indivíduos que se automutilaram ou tentaram suicídio foram classificados como de baixo risco. Os autores destacam que a qualidade da pesquisa na área ainda é baixa e não há evidências suficientes para mudar as diretrizes clínicas atuais, que já desencorajam o uso exclusivo de avaliações de risco, incluindo as baseadas em IA, para priorizar intervenções ou alocar recursos na prevenção do suicídio.