A Rússia deu início nesta sexta-feira (12) a exercícios militares de grande escala em parceria com Belarus, em um cenário marcado por intensas tensões com a Otan. O descontentamento se intensificou após drones russos invadirem o espaço aéreo da Polônia, levando o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, a afirmar que o país se encontra em sua situação mais próxima de um conflito armado desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em resposta ao incidente, a Polônia fechou sua fronteira com Belarus e acionou a Otan, que mobilizou aeronaves para auxiliar na interceptação dos drones.
A invasão do espaço aéreo polonês por drones russos gerou uma onda de condenações internacionais. Tusk relatou que 19 violações foram registradas em um curto período, e a situação foi considerada uma provocação pela Otan, que invocou o Artigo 4 do tratado da aliança. Enquanto isso, a Rússia se defendeu, alegando que não tinha intenção de atingir a Polônia e criticando a retórica do governo polonês.
As implicações desse episódio são significativas, pois podem levar a um aumento das tensões na região e à necessidade de uma resposta coordenada da Otan. O secretário-geral da aliança, Mark Rutte, classificou as ações russas como “absolutamente imprudentes” e reafirmou o compromisso da Otan em defender seus membros. A situação permanece em evolução, com líderes europeus exigindo explicações da Rússia e avaliando os próximos passos.
Rússia e Belarus realizam exercícios militares em meio a tensões com a Otan
