A exclusão da antologia ‘The Women Who Wouldn’t Wheesht’ da Biblioteca Nacional da Escócia provocou uma nova onda de debates sobre questões de gênero no país. O livro, que reúne ensaios sobre a resistência às reformas de gênero propostas por Nicola Sturgeon, é assinado por 34 autores, incluindo a renomada escritora JK Rowling e políticos escoceses. A decisão de não incluir a obra em uma exposição centenária reflete as tensões persistentes em torno da autoidentificação de gênero, tema que já havia gerado controvérsias em festivais anteriores em Edimburgo.
O contexto político escocês tem sido crucial na discussão sobre a autoidentificação de gênero, especialmente após uma decisão do Supremo Tribunal do Reino Unido que, embora tenha estabelecido precedentes legais, não impediu boicotes e exclusões no campo das artes. A Biblioteca Nacional, ao excluir o livro, se posiciona em um debate que envolve direitos de gênero e liberdade de expressão, evidenciando a polarização existente na sociedade britânica. Este episódio não apenas destaca a luta por direitos das mulheres, mas também levanta questões sobre a liberdade de expressão e o papel das instituições culturais.
As implicações dessa exclusão vão além do âmbito literário, refletindo um clima de crescente intolerância e censura em relação a vozes críticas dentro do movimento feminista. A repercussão desse caso pode influenciar futuras discussões sobre políticas de gênero no Reino Unido e provocar reações tanto de apoiadores quanto de opositores das reformas propostas. À medida que o debate avança, a necessidade de um diálogo respeitoso e inclusivo torna-se ainda mais urgente.