O Itaú Unibanco anunciou na última semana a demissão de aproximadamente mil funcionários que atuavam em regime remoto ou híbrido. Segundo o banco, as dispensas foram resultado de uma “revisão criteriosa” das condutas relacionadas ao trabalho à distância, que incluiu a análise de divergências entre os registros de jornada e as atividades realizadas nas plataformas internas. Para essa avaliação, foram utilizados softwares de monitoramento de cliques, evidenciando uma nova abordagem em relação ao trabalho remoto.
A decisão do Itaú gerou forte reação do Sindicato dos Bancários, que classificou as demissões como arbitrárias e desumanas. A entidade levantou preocupações sobre a ética do monitoramento e o impacto dessa medida na saúde mental e na motivação dos trabalhadores. Essa situação acende um debate mais amplo sobre o futuro do trabalho remoto no setor financeiro e as práticas de gestão adotadas pelas instituições.
As implicações dessa decisão podem ser significativas, não apenas para os funcionários demitidos, mas também para o mercado como um todo. A abordagem do Itaú pode influenciar outras instituições financeiras a reavaliar suas políticas de trabalho remoto, especialmente em um momento em que muitos setores ainda buscam equilibrar flexibilidade e produtividade. O desdobramento dessa situação poderá moldar as relações de trabalho no Brasil nos próximos anos.