Advogados no Espírito Santo estão sendo investigados por suas ligações com facções criminosas, sendo flagrados em atividades como a ocultação de armas e a transmissão de ordens de chefes do tráfico. Um caso emblemático é o da advogada Marina de Paula dos Santos, presa em agosto por sua participação em um ataque que resultou na morte da menina Alice Rodrigues, de seis anos, na Serra. As investigações revelaram que Marina escondia armamentos em sua residência e tentava fugir da polícia no momento da prisão.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) reconhece que esses casos têm se tornado mais frequentes e representam um desvio grave dos princípios da advocacia. O diretor de prerrogativas da OAB-ES, Rivelino Amaral, destacou que advogados flagrados em atividades ilícitas podem ser suspensos ou até expulsos da Ordem. A Secretaria Estadual de Justiça também expressou preocupação com a atuação de advogados como intermediários dentro dos presídios, enfatizando que a comunicação humana é um desafio maior do que a tecnologia.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) está acompanhando as investigações e assegura que condutas ilícitas serão responsabilizadas. A Polícia Civil lamentou que profissionais essenciais para o sistema democrático se desviem de suas funções legais. A advogada Marina de Paula dos Santos permanece presa, enquanto sua defesa aguarda a conclusão do inquérito para apresentar provas de inocência.