Mais de 200 crianças e adolescentes estão à espera de adoção na Bahia, conforme dados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Dentre elas, 62 têm 15 anos ou mais, um grupo que frequentemente enfrenta dificuldades para encontrar adotantes. Uma adolescente, que vive em uma instituição da Fundação Cidade Mãe, usou as redes sociais para expressar seu desejo de ser adotada, destacando a necessidade de sensibilizar a sociedade sobre a realidade dos jovens em abrigos.
A situação é preocupante, pois muitos adolescentes que buscam uma família enfrentam longos períodos em instituições e carecem de apoio emocional. A diretora da Fundação Cidade Mãe, Isabela Almeida, ressalta que o perfil mais procurado por adotantes são bebês brancos, enquanto os adolescentes negros e em situação de vulnerabilidade permanecem à margem. A adolescente mencionada enfatiza a importância de despertar a consciência das pessoas sobre a necessidade de acolhimento e amor por parte das famílias.
Para aqueles interessados em adotar, o processo começa com um pré-cadastro no site do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). É fundamental que os adotantes estejam cientes dos requisitos legais e da necessidade de aproximação com a criança ou adolescente durante o processo. A adoção é uma oportunidade não apenas de oferecer um lar, mas também de transformar vidas e proporcionar um futuro melhor para esses jovens.