O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou nesta quinta-feira (11 de setembro de 2025) que 25,1% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estão livres de tarifas adicionais. Essa isenção se traduz em US$ 10,1 bilhões, abrangendo produtos estratégicos como celulose e ferro-níquel, que não sofrem a alíquota recíproca de 10% nem a sobretaxa de 40% em vigor desde 6 de agosto. A estimativa considera o total exportado pelo Brasil aos EUA em 2024, que foi de US$ 40,4 bilhões.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) emitiu uma nota sobre a ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em 5 de setembro, que retirou a sobretaxa da celulose e do ferro-níquel. O Brasil, líder global nas exportações de celulose, vendeu US$ 1,84 bilhão desse produto aos EUA no ano passado, representando 4,6% do total exportado. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) elogiou a decisão e afirmou que o governo está empenhado em negociar a redução de tarifas sobre outros produtos brasileiros.
Apesar das isenções, o Mdic ressaltou que 34,9% das mercadorias brasileiras ainda estão sujeitas a sobretaxas de 50%, enquanto 16,7% enfrentam a tarifa recíproca de 10%. A liberação de tarifas para a celulose é vista como um avanço significativo, mas o governo reconhece que há muito trabalho pela frente para beneficiar outros setores da economia brasileira nas exportações para os EUA.