Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, uma decisão histórica que marca a primeira condenação de um ex-presidente no país. A maioria dos ministros da Corte se posicionou a favor da condenação nesta quarta-feira, destacando o papel de Bolsonaro como líder de um grupo armado que buscava manter-se no poder ilegalmente. O voto decisivo foi da ministra Cármen Lúcia, após o relator Alexandre de Moraes e outros ministros terem se manifestado contra o ex-presidente.
A trajetória política de Bolsonaro é marcada por polêmicas, desde sua passagem pelo Exército até sua ascensão à presidência em 2018. A condenação representa um ponto crítico em sua carreira, levando seus aliados a articularem uma pressão política por anistia e a considerarem estratégias jurídicas para garantir que ele cumpra pena em regime domiciliar. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro expressou preocupação com a saúde do ex-presidente, que já enfrenta problemas médicos e pode ter dificuldades em um ambiente prisional.
As implicações dessa condenação são profundas, não apenas para Bolsonaro, mas também para o cenário político brasileiro. A possibilidade de anistia enfrenta resistência, e a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sugere que o apoio à causa pode não ser suficiente para avançar em um projeto legislativo. Com a condenação, Bolsonaro enfrenta desafios significativos que podem moldar seu futuro político e o da direita brasileira nos próximos anos.