O Brasil se destaca ao liderar o ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relação ao número de alunos por professor no ensino superior privado, com uma média alarmante de 62 estudantes para cada docente. O relatório Education at a Glance 2025, publicado em 9 de setembro, revela que essa cifra contrasta significativamente com a média de 18 alunos por professor nos demais países da OCDE. No setor público, a situação é diferente, com uma média de apenas 10 alunos por docente, inferior à média da organização, que é de 15.
A superlotação nas instituições privadas é atribuída, em grande parte, ao crescimento das matrículas em cursos de educação a distância (EaD), conforme apontado pelo Inep. Essa realidade levanta preocupações entre especialistas sobre a qualidade do ensino oferecido, especialmente nas graduações privadas em EaD. A elevada proporção de alunos por professor pode dificultar o acompanhamento individualizado e a interação necessária para um aprendizado eficaz.
As implicações desse cenário são significativas, pois a qualidade do ensino superior pode ser comprometida, afetando a formação dos estudantes e suas futuras oportunidades no mercado de trabalho. A discussão sobre a necessidade de melhorias na estrutura educacional e na formação docente se torna cada vez mais urgente, à medida que o Brasil enfrenta desafios na educação superior.