O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, prossegue no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (10). O ministro Luiz Fux será o próximo a votar, seguindo os votos do relator Alexandre de Moraes e do ministro Flávio Dino, que já se manifestaram a favor da condenação dos réus. O placar atual é de 2 a 0 pela condenação, e o julgamento deve ser concluído até sexta-feira (12), a menos que Fux decida pedir vista, o que poderia prolongar o processo por até 90 dias.
Este julgamento é histórico, pois marca a primeira vez que um ex-chefe do Executivo brasileiro é julgado por uma tentativa de ruptura institucional. Durante a sessão anterior, momentos de tensão foram registrados entre os ministros, especialmente entre Fux e Dino, evidenciando a complexidade e a gravidade do caso. A expectativa é que, mesmo com um pedido de vista, o julgamento não se estenda para 2026, pois o prazo final ainda permitiria uma decisão em dezembro de 2025.
As implicações desse julgamento são significativas para a política brasileira e podem influenciar futuras decisões judiciais sobre a responsabilidade de líderes políticos em casos de crimes contra a democracia. A análise cuidadosa dos votos dos ministros e as possíveis divergências entre eles podem moldar o futuro político do país e a percepção pública sobre a justiça no Brasil. O desfecho deste caso poderá ter repercussões duradouras na relação entre o governo e as instituições democráticas.