O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou nesta terça-feira (9) as declarações da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que os Estados Unidos não hesitarão em usar força econômica e militar para proteger a liberdade de expressão no Brasil e em outras partes do mundo. A declaração foi uma resposta a questionamentos sobre a possibilidade de novas sanções contra o Brasil em decorrência do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil condenou o uso de sanções econômicas ou ameaças de força contra a democracia brasileira. O governo destacou que o primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. O Itamaraty também repudiou tentativas de forças antidemocráticas que buscam instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais.
As declarações da porta-voz americana e a resposta do governo brasileiro refletem um momento tenso nas relações entre os dois países, especialmente em um contexto onde a soberania nacional é um tema sensível. O governo brasileiro reafirma sua posição de não se deixar intimidar por ameaças externas, enfatizando a importância da autonomia e da democracia no país.