A oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) impôs uma derrota ao governo ao adiar a votação da indicação de Wagner Rosário para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). Este adiamento, que ocorre pela segunda semana consecutiva, é notável, pois normalmente as indicações são aprovadas no mesmo dia das sabatinas. A oposição questiona a indicação de Rosário, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) no governo Bolsonaro, devido à sua participação em uma reunião polêmica que discutiu a confiabilidade das urnas eletrônicas.
A votação para a nomeação de Rosário foi adiada para a próxima semana após a apresentação de diversos requerimentos de adiamento pela oposição, resultando em uma votação simbólica. Essa obstrução é incomum, pois as votações para conselheiros geralmente seguem um procedimento formal. A polêmica em torno da indicação de Rosário se intensifica devido à gravação da reunião ministerial de 2022, que está sob investigação da Polícia Federal por uma possível tentativa de golpe de Estado.
Caso a nomeação de Wagner Rosário seja aprovada, ele ocupará a vaga deixada por Antonio Roque Citadini, que se aposentou recentemente. A composição do TCE-SP passará por mudanças significativas ao longo do mandato do governador Tarcísio de Freitas, e a aprovação de Rosário poderá impactar diretamente as atividades de fiscalização das contas públicas em São Paulo. Com uma carreira sólida e experiência na CGU, Rosário enfrenta um processo de indicação marcado por controvérsias e resistência por parte da oposição.