A Justiça de Ribeirão Preto (SP) realizou nesta terça-feira (9) a primeira audiência de instrução do caso da professora de pilates Larissa Rodrigues, que foi envenenada em março deste ano. Durante a sessão, 18 das 24 testemunhas convocadas foram ouvidas, enquanto o médico Luiz Antonio Garnica, marido da vítima, e sua sogra, Elizabete Arrabaça, acompanharam os depoimentos de forma virtual. Eles não foram interrogados e a próxima audiência está marcada para o dia 10 de outubro, quando o juiz decidirá se os acusados serão levados a júri popular.
O caso ganhou notoriedade após a acusação de feminicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel. Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, Garnica foi o mentor do crime, enquanto sua mãe executou o plano. As defesas negam qualquer envolvimento na morte de Larissa, que havia descoberto a traição do marido pouco antes de sua morte e estava insatisfeita no casamento. Depoimentos indicam que Garnica tinha um perfil dominador e que sua sogra procurou veneno antes do crime.
As implicações do caso são profundas, uma vez que envolve questões de violência doméstica e feminicídio, além de levantar debates sobre a proteção das vítimas e a responsabilidade legal dos envolvidos. O laudo toxicológico confirmou que Larissa foi envenenada com chumbinho, e as investigações revelaram um plano elaborado para eliminar a professora sem levantar suspeitas. A sociedade aguarda ansiosamente os desdobramentos da próxima audiência e as decisões judiciais subsequentes.