O Fundo Monetário Internacional (FMI) reafirmou seu apoio à agenda de estabilização fiscal da Argentina nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025, em meio à crescente volatilidade dos mercados locais. A declaração veio após a derrota do partido do presidente Javier Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. A porta-voz do FMI, Julie Kozack, enfatizou que o Fundo continua a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades argentinas para implementar um programa que visa consolidar a estabilidade econômica e melhorar as perspectivas de crescimento.
Kozack afirmou que o FMI apoia o compromisso da Argentina em garantir a sustentabilidade do quadro cambial e monetário, além da adesão contínua à âncora fiscal e à agenda abrangente de desregulamentação. Em abril, a Argentina havia fechado um acordo com o FMI que prevê a liberação total de US$ 20 bilhões ao longo de 48 meses, condicionado ao cumprimento de metas que incluem reformas no sistema cambial. Essa colaboração é crucial para enfrentar os desafios econômicos atuais.
As implicações da recente derrota eleitoral de Milei e os escândalos de corrupção que abalaram a confiança do mercado são significativas. A situação já levou instituições financeiras como o Morgan Stanley a rever suas previsões otimistas sobre a economia argentina. O futuro econômico do país dependerá da capacidade do governo de implementar as reformas necessárias e restaurar a confiança dos investidores em um cenário de incertezas.