Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro do Nepal Jhala Nath Khanal, foi morta em um ataque brutal em sua residência em Katmandu, na terça-feira, 9 de setembro. O local foi cercado por manifestantes que atearam fogo à casa, impedindo sua saída. Apesar de ter sido levada ao Hospital de Queimados, Chitrakar não sobreviveu aos ferimentos. Este ato de violência ocorreu no contexto de uma onda de protestos que se intensificou após a proibição de 26 grandes redes sociais, incluindo Facebook e WhatsApp.
Os protestos, que começaram na semana passada, são liderados por jovens da geração Z e se transformaram em um movimento mais amplo contra o autoritarismo e a corrupção no país. Nas últimas 48 horas, dezenas de residências de líderes políticos foram atacadas, incluindo a casa do ex-primeiro-ministro K. P. Sharma Oli, que renunciou sob pressão popular. A violência resultou em pelo menos 19 mortes e centenas de feridos, com a polícia sendo acusada de usar força letal para reprimir os manifestantes.
A Anistia Internacional denunciou o uso de munição real contra civis, enquanto as Nações Unidas pediram uma investigação rápida sobre os eventos. Os protestos continuam em Katmandu e outras cidades, com a população exigindo responsabilização pelas mortes e mudanças significativas na estrutura do governo. A situação no Nepal se agrava, refletindo um descontentamento generalizado com a atual administração e suas políticas.