O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo sobre a trama golpista, declarou que o Brasil esteve à beira de um retorno à ditadura devido a uma organização criminosa liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que não soube aceitar a derrota nas eleições. Durante a retomada do julgamento, Moraes mencionou um atentado a um caminhão em Brasília, ocorrido nas vésperas do Natal, classificando-o como um ato terrorista e parte de uma sequência de tentativas de manter o poder a qualquer custo.
Moraes ressaltou que, em uma democracia, quem perde deve se tornar oposição e disputar as próximas eleições, enquanto quem vence deve buscar se manter no poder por meio do voto popular. Ele criticou ações que deslegitimam o Judiciário e a Justiça Eleitoral, além de condenar tentativas de assassinato contra líderes políticos. O ministro alertou para a necessidade de não banalizar os momentos obscuros da história brasileira, referindo-se aos 20 anos de ditadura e suas consequências.
As declarações de Moraes refletem preocupações sobre a integridade democrática do Brasil e o papel das instituições na proteção da democracia. A situação atual levanta questões sobre a estabilidade política e os desafios enfrentados pelo país diante de ações que ameaçam os princípios democráticos. O alerta do ministro pode ter implicações significativas para o futuro político do Brasil e para a relação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.