O ministro Alexandre de Moraes, ao votar no julgamento da ação penal referente à trama golpista, declarou que não há dúvidas sobre a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e a organização criminosa sob a liderança de Jair Bolsonaro. Ele enfatizou que atos preparatórios para desacreditar as eleições começaram em 2021, com documentos e anotações golpistas encontrados nas agendas de Augusto Heleno e Alexandre Ramagem, revelando uma coordenação entre eles para deslegitimar o sistema eleitoral.
Moraes argumentou que a intenção dos envolvidos era se perpetuar no poder, desrespeitando as regras democráticas e desacreditando as urnas eletrônicas. Ele também criticou a normalização de uma agenda golpista por um ex-ministro do GSI, afirmando que isso não é aceitável em uma democracia contemporânea. O ministro ressaltou que as mensagens trocadas entre membros da organização demonstram um plano claro para minar o controle judicial e atacar a integridade do Supremo Tribunal Federal.
As declarações de Moraes levantam sérias preocupações sobre a saúde da democracia brasileira e os riscos associados à impunidade de ações golpistas. O julgamento, que está sendo transmitido ao vivo, pode ter implicações significativas para o futuro político do Brasil, especialmente em um contexto onde a confiança nas instituições democráticas é crucial para a estabilidade do país.