O Exército israelense lançou panfletos nesta terça-feira, 9 de setembro, ordenando a evacuação imediata da Cidade de Gaza, que se encontra em ruínas após meses de bombardeios. A medida precede uma ofensiva em larga escala contra o Hamas, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alertando a população para deixar a área. A cidade, que antes abrigava cerca de 1 milhão de palestinos, agora se transformou em um campo de refugiados, com muitos moradores sem para onde ir em meio à crise humanitária.
A situação na Cidade de Gaza é alarmante, com grupos humanitários alertando que uma ofensiva total pode resultar em consequências devastadoras. Autoridades locais relataram a morte de mais seis pessoas por inanição, elevando o total para 399 vítimas desde o início da guerra. Os hospitais estão sobrecarregados e os moradores enfrentam a difícil escolha entre permanecer em casa ou tentar se deslocar para Al-Mawasi, uma zona humanitária superlotada que também é alvo de bombardeios.
A pressão internacional aumenta, com países europeus considerando reconhecer oficialmente o Estado palestino durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. No entanto, Israel e os Estados Unidos rejeitam essa medida. Enquanto isso, Netanyahu insiste que a única alternativa é derrotar o Hamas, que se recusa a depor armas sem um acordo para a criação de um Estado palestino independente. A situação continua a se deteriorar, com um potencial agravamento da tragédia humanitária para os 2,2 milhões de palestinos na região.