O primeiro-ministro do Nepal, KP Sharma Oli, renunciou ao cargo nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025, em meio a uma onda de protestos anticorrupção que desafiavam um toque de recolher imposto pelas autoridades. As manifestações, que mobilizaram principalmente jovens da chamada ‘geração Z’, resultaram em confrontos violentos com a polícia e deixaram um saldo trágico de 19 mortes. A renúncia de Oli ocorre em um contexto de crescente descontentamento popular com a corrupção e a falta de ações efetivas por parte do governo.
Os protestos começaram como uma reação à percepção generalizada de corrupção dentro do governo e rapidamente ganharam força, atraindo milhares de manifestantes às ruas. A resposta das autoridades foi severa, com a imposição de um toque de recolher e o uso da força policial para dispersar os manifestantes. A situação se deteriorou rapidamente, levando a confrontos que resultaram em mortes e ferimentos, intensificando ainda mais a indignação pública.
A saída de Oli pode abrir caminho para uma nova liderança no Nepal, mas também levanta questões sobre a estabilidade política do país. Os protestos refletem uma demanda crescente por mudanças significativas na governança e na transparência, indicando que a insatisfação popular pode continuar a se manifestar até que medidas concretas sejam implementadas. O futuro político do Nepal agora depende da capacidade dos líderes emergentes de responder a essas demandas.