Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), afirmou em entrevista que está disposto a penalizar grandes empresas de mídia, incluindo a Comcast, caso considere que elas estão ‘fora da linha’. Carr, que tem se alinhado com a abordagem do ex-presidente Donald Trump, declarou que as licenças de transmissão não são ‘vacas sagradas’ e que a FCC investigará emissoras que não atuem em conformidade com o interesse público. Ele enfatizou que a agência está totalmente alinhada com a agenda de Trump, que criticou a mídia tradicional como guardiã da verdade.
Desde sua nomeação em 2017, Carr tem adotado uma postura mais agressiva em relação às emissoras, lançando investigações sobre a Comcast após acusações de viés político. Ele justificou suas ações citando uma lei de 1934 que exige que as emissoras operem no interesse público. Críticos, no entanto, argumentam que essa abordagem pode comprometer a independência da FCC e ameaçar a liberdade de expressão, considerando-a uma campanha política contra adversários do ex-presidente.
A controvérsia em torno das ações de Carr se intensificou após a fusão entre a Paramount Global e a Skydance Media, que levantou suspeitas de corrupção. A senadora Elizabeth Warren criticou a aprovação da fusão pela FCC, enquanto Carr defendeu que o processo seguiu as regras estabelecidas. A situação destaca um momento crítico para a regulação da mídia nos Estados Unidos e suas implicações para o futuro da liberdade de imprensa.