Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciam, nesta terça-feira, a votação sobre a condenação de Jair Bolsonaro e outros sete réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Acusado de ser o líder da conspiração que visava assassinar o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin, além de destituir ministros do STF, Bolsonaro pode enfrentar penas superiores a 40 anos de prisão. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já afirmou que a trama golpista está comprovada, e seu voto deve ocupar boa parte do dia.
Entre os réus estão figuras proeminentes do governo anterior, como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e ex-ministros como Anderson Torres e Augusto Heleno. O ministro Flávio Dino, que também votará, destacou a gravidade da situação ao afirmar que uma tentativa de golpe de Estado pode resultar em danos irreparáveis. A expectativa é que o julgamento comece com um placar favorável à condenação dos réus, com Moraes e Dino votando pela culpabilidade.
Após os votos iniciais, o ministro Luiz Fux deve apresentar suas considerações, possivelmente discordando de Moraes em alguns pontos. Cármen Lúcia também votará, reafirmando sua posição sobre a tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro. O presidente do colegiado, Cristiano Zanin, ressaltou a robustez das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), indicando que o julgamento pode ter repercussões significativas para a estabilidade política no Brasil.