O estado do Amapá enfrenta uma grave crise agrícola devido à vassoura-de-bruxa da mandioca, uma doença que tem devastado as lavouras essenciais para a subsistência de comunidades indígenas e agricultores locais. Desde o início da emergência, há um ano, a praga se espalhou por oito dos 16 municípios do estado, resultando na perda de roças inteiras e alterando drasticamente o cotidiano da população. O cacique Edimilson Oliveira expressa a gravidade da situação ao afirmar que “perder a roça é perder uma vida”, destacando a importância da mandioca na alimentação e cultura dos povos indígenas. Em resposta à calamidade, o Amapá implementou uma estratégia inovadora com a formação de Agentes Ambientais Indígenas (Agamins), que têm como objetivo combater a doença diretamente nas aldeias. Esses agentes, escolhidos por sua conexão com a natureza e as comunidades, recebem treinamento técnico sobre prevenção e controle da praga, utilizando protocolos como a desinfecção de ferramentas. Essa abordagem visa fortalecer a resistência das comunidades diante da vassoura-de-bruxa, que ainda não possui tratamento eficaz nem variedades resistentes.