O ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, prestou depoimento nesta segunda-feira (9) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em um cenário marcado por intensas disputas entre governo e oposição. Lupi negou qualquer envolvimento nas fraudes investigadas e afirmou não ter conhecimento da extensão dos problemas no INSS, enquanto o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), enfatizou a busca pela verdade em meio a narrativas conflitantes sobre as gestões de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante a sessão, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) questionou a participação do senador Rogério Marinho (PL-RN), citando um possível conflito de interesse devido ao seu papel anterior como secretário especial de Previdência Social. A discussão se aprofundou nos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), que Lupi reconheceu como facilitadores das fraudes, levantando críticas sobre a falta de ações imediatas para suspender esses acordos no atual governo.
As revelações feitas por Lupi e os questionamentos dos parlamentares indicam um cenário complexo, onde a responsabilidade pelas fraudes no INSS é disputada politicamente. A CPMI promete investigar as alegações de uma quadrilha antiga infiltrada na instituição, o que pode resultar em desdobramentos significativos para a credibilidade das gestões passadas e atuais, além de impactar a confiança pública nas instituições responsáveis pela previdência social.