Durante o Digital Privacy Summit 2025, realizado em 8 de setembro, Maria Tereza Ali, diretora de privacidade de dados e DPO da Claro, revelou que a operadora possui 600 kits de desenvolvedores (SDKs) conectados a seus 23 aplicativos. A executiva destacou que essa situação gerou desafios significativos de governança em relação à privacidade, especialmente na identificação e uso desses kits, onde 55% tratam de dados pessoais.
Ali explicou que o maior desafio foi realizar um inventário dos SDKs utilizados e entender como estão sendo empregados nos aplicativos. A partir desse levantamento, denominado pela executiva de “cortar o mato alto”, a Claro implementou aditivos contratuais com terceiros para definir responsabilidades e avançou em sete frentes internas, incluindo treinamento e criação de políticas de privacy by design.
O especialista Lucas Mendes, do escritório Opice Blum, enfatizou que os SDKs devem ser considerados como uma unidade de negócios dentro das corporações. Ele ressaltou a importância de que as empresas e os DPOs esclareçam com os desenvolvedores a necessidade de transparência no tratamento de dados pessoais, além de garantir que as políticas de privacidade sejam acessíveis e compreensíveis para os usuários.