O ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, declarou na segunda-feira (8) que não informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as irregularidades detectadas no INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social). Lupi explicou que suas conversas com o presidente se restringiam a questões de ‘macropolíticas’ e que Lula só tomou ciência do esquema de descontos ilegais após a operação Sem Desconto da Polícia Federal, realizada em abril de 2025.
Durante seu depoimento, Lupi revelou que as primeiras denúncias sobre as irregularidades surgiram em 2016, mas foram arquivadas judicialmente. Em 2020, novas acusações foram registradas, mas também não avançaram. Somente em maio de 2023, o INSS e a PF se reuniram para discutir as denúncias, e Lupi admitiu que sua maior falha foi não perceber a gravidade da situação até a operação de 2025.
Além disso, Lupi negou que Lula tenha solicitado nomes para cargos no INSS e rejeitou qualquer influência de familiares do presidente no caso. Ele afirmou que não tinha conhecimento das adesões em bloco de beneficiários sem autorização e garantiu que, se soubesse das irregularidades anteriormente, teria agido para impedir a continuidade dos problemas.