O ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) nesta segunda-feira (9), onde negou qualquer envolvimento em fraudes no INSS. Lupi afirmou que não foi omisso em sua gestão e que o presidente Lula não tinha conhecimento das irregularidades. Ele também negou conhecer figuras centrais do esquema, como o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”.
Durante o depoimento, Lupi reconheceu ter indicado alguns nomes ligados às áreas investigadas, mas enfatizou que a responsabilidade pelos desvios caberia ao INSS, uma autarquia com autonomia em suas decisões. Ele declarou que só compreendeu a dimensão das fraudes após o avanço das investigações da Polícia Federal, ressaltando que as denúncias anteriores haviam sido arquivadas por falta de provas. Lupi também mencionou que medidas foram tomadas a partir de maio de 2023, após uma reunião entre o INSS e a PF.
Lupi explicou que sua saída do ministério não foi motivada por razões éticas ou legais, mas por pressões políticas que tornaram sua permanência insustentável. Ele reiterou que não é investigado nem citado em inquéritos relacionados às fraudes e que suas nomeações foram feitas com base em critérios políticos e técnicos. O ex-ministro concluiu afirmando que não conhecia os principais nomes citados nas investigações e que sua atuação sempre foi pautada pela transparência.