O tenente-coronel da Polícia Militar da Bahia, Luís Augusto Normanha de Carvalho, foi preso em 9 de setembro de 2025, em Santa Maria da Vitória, sob suspeita de encobrir ações de uma milícia. Entre 2021 e 2024, ele teria recebido R$ 15 mil mensais do chefe da milícia, um sargento da reserva, para proteger as atividades criminosas do grupo. Além da prisão, a operação resultou em mandados de busca e apreensão em municípios como Correntina e Salvador, onde foram confiscados documentos, armas e eletrônicos.
As investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pela Polícia Civil, revelam que o tenente-coronel é investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O esquema envolvia a invasão violenta de terras de comunidades tradicionais na região de Correntina por mais de uma década. A denúncia contra ele e outros membros da milícia foi recebida pela Vara Criminal de Correntina, que também determinou o bloqueio de bens que podem ultrapassar R$ 8,4 milhões.
As autoridades seguem investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos nas atividades ilícitas. O sargento chefe da milícia e outros comparsas já foram alvos de mandados de prisão preventiva. A operação destaca a crescente preocupação com a infiltração de organizações criminosas nas forças de segurança pública e a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a corrupção dentro das instituições.