O Brasil contabilizou um caso de envenenamento a cada duas horas nos últimos dez anos, totalizando 45.511 atendimentos emergenciais que exigiram internação, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) nesta segunda-feira (8). A média anual é de 4.551 casos, com o Sudeste concentrando quase metade dos registros, sendo São Paulo o estado mais afetado.
O levantamento revela que, além de envenenamentos acidentais, 3.461 internações foram por intoxicação proposital, destacando a facilidade de acesso a venenos e a falta de regulamentação. Os dados também mostram que homens jovens e crianças são as principais vítimas, com uma preocupação crescente sobre a impunidade em casos de envenenamento intencional.
As implicações dessa realidade são alarmantes, exigindo ações imediatas para prevenir novos casos e proteger a população. A Abramede enfatiza a importância do papel dos médicos emergencistas e a necessidade de uma abordagem mais rigorosa em relação à fiscalização de substâncias tóxicas, especialmente em contextos familiares e íntimos onde ocorrem muitos desses incidentes.