O Supremo Tribunal Federal (STF) implementa um esquema de segurança sem precedentes durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ocorre nesta terça-feira, 9 de setembro. A Primeira Turma da Corte, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, continua a análise da denúncia contra o núcleo da suposta trama golpista, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após a eleição de 2022. O julgamento terá sessões extraordinárias até 12 de setembro, com um relatório extenso apresentado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Para garantir a segurança, a Praça dos Três Poderes será isolada, com barreiras e detectores de metal, além da mobilização de forças especiais como o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal. Agentes da Polícia Judicial do STF e de outros tribunais também foram deslocados para Brasília, com parte deles já alojada nas dependências da Corte. O plano inclui ainda patrulhamento com drones equipados com câmeras térmicas e monitoramento em tempo real das redes sociais para antecipar possíveis tumultos.
Esse protocolo de segurança é considerado de “risco elevado”, um nível que só havia sido adotado em julgamentos emblemáticos como o do mensalão. A operação reflete a seriedade com que o STF trata as ameaças à democracia e à ordem pública, especialmente em um momento em que a polarização política no Brasil é intensa. O desdobramento deste julgamento poderá ter implicações significativas para o futuro político do ex-presidente e para a estabilidade do governo atual.