A jornalista venezuelana Ronna Rísquez publicou em 2023 o livro ‘O Tren de Aragua: o Grupo que Revolucionou o Crime Organizado na América Latina’, no qual narra a formação e a expansão de uma organização criminosa que se originou no presídio de Tocorón, na Venezuela. De acordo com autoridades policiais de Nova York, integrantes do grupo atuam nos Estados Unidos, e no Brasil, há relatos de que fornecem armamento ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Rísquez, que recebeu ameaças durante sua investigação, destaca a violência como um dos métodos utilizados pelo Tren de Aragua para estabelecer controle territorial e social. O regime de Nicolás Maduro nega a atuação do grupo na Venezuela, mas investigações confirmam sua presença em cinco estados brasileiros. As implicações dessa expansão criminosa são alarmantes, especialmente em relação à criminalização dos imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos, onde muitos são tratados como potenciais membros do Tren de Aragua sem provas concretas.