A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) emitiu uma nota de repúdio às ameaças de morte dirigidas à ialorixá Mãe Mirian Araújo Souza Melo, de 91 anos. A instituição também expressou solidariedade à líder religiosa, reconhecendo sua importância como guardiã de saberes ancestrais das religiões de matriz africana. A Ufal destacou que as ameaças representam não apenas uma violência individual, mas um ataque à diversidade cultural e espiritual do Brasil.
Na nota, a Ufal enfatiza que a intolerância religiosa e o racismo estrutural são problemas persistentes no país, que precisam ser combatidos. A universidade lembrou que, há uma semana, havia concedido a Mãe Mirian o título de Doutora Honoris Causa, em um gesto de reparação histórica e reconhecimento de sua trajetória. A homenagem é um símbolo da luta contra a invisibilização dos saberes afro-brasileiros e da resistência cultural.
A Ufal reafirma seu compromisso em não ser cúmplice da intolerância e se coloca ao lado de Mãe Mirian na luta contra o preconceito e a opressão. A universidade defende um Brasil onde todas as fés e saberes sejam respeitados, destacando a importância do terreiro como espaço de aprendizado e resistência. A nota foi divulgada em Maceió, no dia 4 de setembro de 2025.