A coligação Fuerza Patria, da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, foi a mais votada nas eleições para a Assembleia Legislativa da Província de Buenos Aires, conquistando 47% dos votos. Com 89% das urnas apuradas às 22h (horário de Brasília), a coalizão do presidente Javier Milei, La Libertad Avanza, obteve 33,84%. Este resultado é considerado um termômetro para as consequências políticas das acusações de corrupção que envolvem Milei e sua irmã Karina.
A região de Buenos Aires, que abriga quase 40% da população argentina, tem um histórico de refletir tendências eleitorais que podem influenciar o cenário nacional. A campanha de Milei foi marcada por incidentes violentos, como um ataque a sua carreata em Lomas de Zamora. As eleições legislativas nacionais estão agendadas para o final de outubro, onde parte do Congresso argentino será renovada, e a situação política pode ser afetada pelas recentes controvérsias envolvendo o presidente.
Milei enfrenta crescente resistência do setor bancário e críticas às suas novas regras econômicas, que são vistas como ineficazes. Além disso, a relação com o Congresso se deteriorou após a derrubada de um veto presidencial por senadores da oposição. A taxa de inflação permanece elevada, apesar de uma desaceleração recente, e as promessas de reformas radicais feitas por Milei ainda estão em jogo.