Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) quantificaram, pela primeira vez, os impactos do desmatamento na Amazônia brasileira, revelando que a perda de vegetação é responsável por uma redução de 74,5% nas chuvas e um aumento de 16,5% na temperatura durante os meses secos. O estudo, publicado na revista Nature Communications, analisa dados ambientais coletados ao longo de 35 anos e destaca a urgência de ações para mitigar esses efeitos. Os resultados são cruciais para orientar as discussões na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), marcada para novembro em Belém (PA), onde a conservação da floresta será um tema central. Os pesquisadores enfatizam que o impacto do desmatamento é mais intenso nos estágios iniciais da perda florestal, reforçando a necessidade de preservar a Amazônia para garantir a resiliência climática e evitar consequências ainda mais severas.